Será que sou viciado em comida?

Saúde e Bem Estar

Preste bastante atenção nas frases a seguir. “Acho que quando eu começo a comer certos alimentos, eu acabo comendo muito mais do que o esperado. ” “Eu percebo que eu continuo a comer certos alimentos mesmo quando eu não estou com fome”. “Muitas vezes eu como até me sentir mal fisicamente”. “Parar de comer certos tipos de alimentos ou reduzir, é algo que me preocupa”. “Muitas vezes comi durante todo o dia”.

Estas são algumas das frases que estão em um questionário para determinar se uma pessoa é viciada em comida ou em algum tipo de alimento. Neste questionário bebidas não são levadas em conta, apenas alimentos.

Desde que comecei a incluir algumas delas no meu trabalho, percebi o quanto é comum a concordância. Quero dizer, muitas pessoas reconhecem esses comportamentos com relação aos alimentos e o pior é que estes comportamentos são considerados normais. Eu diria que a maioria concorda que existem certos alimentos que se começarem a comer só irão parar quando o alimento acabar.

Os alimentos são considerados necessários e claro realmente são, mas nunca em excesso e muito menos excesso de alimentos específicos. As pessoas têm a tendência de passar a achar normal o que é comum. Por exemplo, começar a comer chocolate e acabar comendo a caixa de bombons é comum, mas não é normal. Considerar normal traz aceitação e isso acaba dando mais força ao hábito.

Os distúrbios alimentares estão cada dia mais presentes e considerados normais. Com isso permanecem sem tratamento. Compulsão alimentar, repulsa alimentar, obesidade, desnutrição, bulimia, anorexia, pregnorexia, ortorexia. São todos nomes para distúrbios alimentares que surgem muitas vezes pela aceitação de alguns hábitos, pela classificação de normal ao que apenas é comum.

O mundo deseja ser magro, principalmente o mundo feminino. Como consequência o normal é ser magro e como quero ser normal minhas atitudes para permanecer magra também serão normais. Compulsão alimentar seguida de excesso de exercícios é classificado como uma pessoa que se cuida, mas não é. Obesidade é classificado como distúrbio endócrino, porém apenas 2% dos casos de obesidade são devido a problemas endócrinos.

A deturpação da realidade ou as máscaras que são colocadas acabam por aumentar o número de pessoas que são prejudicadas e o número de pessoas que acabam envolvidas nos distúrbios.

Está na hora de encararmos os fatos e agirmos não aceitando os moldes sociais de tipos de corpo, porcentagem de gordura e tamanho de músculos como certos ou errados. Para começar podemos encarar a obesidade da mesma forma que encaramos a anorexia, como uma enfermidade que coloca a pessoa em risco de morte. Podemos falar a respeito sem ofensas e sem esconder a realidade. Podemos ajudar conversando, lendo, falando com as pessoas sobre a forma como a moda pode adoecer as pessoas e tornar isso normal.

A Dra. Ivani Manzo atende pessoas pessoalmente ou online, auxiliando a terem uma alimentação mais saudável, encontrando o melhor tipo de atividade física e melhor qualidade de vida.  A Dra. Ivani Manzo é PhD pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo UNIFESP-EPM.  Há anos estuda o funcionamento do corpo humano. Acredita que a melhor forma de manter a saúde e a qualidade de vida é cuidando da alimentação, sono e fazer exercícios.   Para contato, visite: http://www.myclickcoach.com.