Evolução, aqui temos algo que não para nunca. Por caminhos não muito rápidos em humanos e por caminhos muito rápidos em microrganismos, o certo é que a evolução nos seres vivos não para nunca. O processo evolutivo é bem complexo e não é o motivo deste artigo. O motivo deste artigo é provocar uma discução sobre paternidade. Neste momento tão feminino do mundo, no qual nós mulheres estamos sendo mais vistas e exigindo mais respeito do mundo masculino, nada como falar deles.
É muito comum atribuirmos às mulheres superpoderes de mães e estamos acostumados a uma superdedicação das mulheres aos seus filhos. Da mesma forma estamos acostumados a achar que os pais fazem menos mesmo… Isso está sim mudando, mas seria um aspecto evolutivo biológico, uma pressão social junto com a edução? Eu acredito que as dusa coisas estejam acontecendo. Para explicar o aspecto evolutivo biológico vamos falar de uma pesquisa muito interessante que foi feita no Brasil.
Em um grupo de macacos foi observado um comportamento paternal muito diferente. Os macacos machos começaram a cuidar dos filhotes com muito mais atenção e com muito mais cuidados. Isso é bem diferente quando se observa outros macacos. Foi então que os pesquisadores foram estudar um hormônio chamado oxitocina, ou ocitocina. Esse hormônio, já se sabe há muito tempo, é responsável por muitos comportamentos relacionados à reprodução e cuidado com os filhotes. Nas fêmeas, e claro nas mulheres, esse hormônio aumenta depois que o bebê nasce. O que foi observado pelos pesquisadore é que nos machos desses macacos houve uma mutação. Ou seja, alguma coisa na “fórmula” desse hormônio mudou e isso fez com que o seu efeito fosse maior nos machos, tornando esses machos “super papais”. Muito legal isso.
Essas mutações não são direcionadas, tando podem trazer coisas boas como coisas ruins. Se for boa, a espécie adquire uma nova capacidade e se torna mais adaptada, mais capaz de viver naquele ambiente. Se for ruim, a espécie pode até sumir.
Divagando sobre o assunto, acho que podemos pensar que talvez estejamos exigindo dos homens alguns sentimentos que nas mulheres são determinados por hormônios e nos homens não. Eu disse sentimentos e não comportamentos, porque os seres humanos são dotados de raciocínio e uma enorme capacidade de aprendizado. Quero dizer que, pode não ser natural todos os homens cuidarem dos filhos com todo esmero, mas pode ser aprendida e compreendida a importância dos cuidados paternos.
É, não tem saída, os homens modernos e evoluidos biologicamente e/ou socialmente, estão melhor adaptados à nossa sociedade mais feminina.