O governo norte-americano está estudando estratégias mais rigorosas para emissão de vistos em geral após o ataque terrorista que ocorreu em S. Bernardino, Califórnia. Uma das terroristas que participou no ataque, Tashfeen Malik, entrou nos EUA em 2014 com um visto de noiva (K-1).
Apesar de dois processos investigatórios conduzidos antes da entrada de Malik nos EUA, e um terceiro processo investigatório para emissão do cartão de residência permanente (também conhecido como green card).
A página de Malik em uma rede social continha fotos e posts que mostravam o apoio a jihads. As mensagens foram enviadas antes da emissão do visto, mas não foram detectadas já que foram enviadas de maneira privada para a irmã de Malik.
Consulados podem consultar mídia social
No momento, agentes consulares conduzindo entrevistas podem consultar mídias sociais se os mesmos considerarem a consulta “necessária, ou de valor para o processo de decisão do visto”.
Apesar da capacidade dos consulados consultarem mídia social, o Departamento de Segurança (Department of Homeland Security) atualmente não conduz essas pesquisas, mas já está discutindo opções para ter essa autonomia.
Pressão política por parte do comitê judiciário do congresso, liderado pelo Deputado Bob Goodlatte, está direcionando uma mudança drástica no processo de emissão de vistos, que busca disponibilizar informações disponíveis em redes sociais como procedimento padrão.
Emissão de vistos – e agora?
Com os ataques terroristas mais recentes, o governo americano está mais criterioso na emissão de vistos. Mesmo que a imigração esteja enfocando seus esforços no controle do terrorismo, a imigração ilegal continua sendo uma preocupação. “É importante ressaltar que não só quem vem para os EUA ilegalmente está cometendo um crime. A pessoa que está apoiando, ajudando, ou facilitando a entrada e permanência de alguém que quer vir para ficar irregularmente também está cometendo um ou vários crimes” diz Renata Castro, advogada com escritório na Flórida, e brasileira. “A história de Malik fará com que até mesmo mensagens privadas virem alvo de investigações, portanto, qualquer cuidado é pouco”, conclui Renata.
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