Você sente ansiedade? Espero que a resposta tenha sido sim. Isso porque se você não for ansioso (a) pode estar se arriscando muito. Essa palavrinha e esse sentimento tem atormentado muitas pessoas hoje em dia e talvez atormente você também. Mas, o que há de errado e o que há de correto em ser ansioso? A resposta está sem dúvida na intensidade do sentimento. Eu me lembro que nas minhas aulas de farmacologia do sistema nervoso, cada vez que o professor relatava os sintomas de ansiedade, depressão e as mais diversas manias ele repetia insistentemente: “Não se enquadrem”. E como era fácil nos enquadrarmos e nos vermos naqueles sintomas todos. O que realmente nos deixava pensar, “somos normais”, era quando ele exemplificava dando a intensidade dos sintomas e comportamentos.
A ansiedade é um sentimento natural do ser humano e deve estar presente em todos nós na intensidade correta. Claro que essa intensidade tem uma amplitude de variação, mas tem também um limite. E é quando esse limite é ultrapassado que o médico pode diagnosticar como enfermidade e não antes disso. Um grande problema é que a internet está cheia de informações generalizadas que só atrapalham e nos deixam ansiosos. Veja, acabei de ler em um site que são sintomas de ansiedade preocupação exagerada, medo, tensão muscular e dor nas costas. E ainda estava escrito – se você sente estes sintomas deve procurar um médico psiquiatra…- No mundo atual qual é o parâmetro de estar sentindo muito ou pouco medo? Se morar no Brasil ter muito medo de ser assaltada é ser ansiosa? Como podemos entender se esse medo está dentro de uma normalidade?
Veja, se você é morador de uma cidade violenta no Brasil, ou como nós aqui na Florida que estamos na rota de possíveis furações. Ter medo, receio de que algo de ruim aconteça é absolutamente normal, assim como estar ansioso por notícias e tomar providências para não ser assaltado. Caso a ansiedade não existisse não anteciparíamos as providências. E então seria perigoso. O que não é normal é deixar de viver pelo medo de que algo aconteça. Não sair de casa por medo de ser assaltado ou medo de morrer, deixar o trabalho e as atividades sociais. Não é normal ficar acumulando pensamentos em cima de suposições e a partir desse momento viver como se as suposições fossem fatos e verdades.
Mas o que eu faço com essa tal da de ansiedade? Fique consciente sempre, a realidade nunca deve ser perdida. Saber dos riscos e o tamanho desses riscos traz à consciência a tranquilidade necessária e o tempo necessário para que o medo esteja sempre controlado e que a prevenção possa ser feita. Para lidar com a ansiedade e não permitir que ela tome proporções doentias tenha atenção aos pensamentos e escolha muito bem as leituras e a fonte de notícias. Não fique repetindo o assunto e os pensamentos, eles podem se tornar reais.