A cada dia que entro na internet eu me surpreendo mais, porém, da forma negativa. Passamos algumas semanas falando de desafios que colocam a vida de crianças em risco, desafios que colocam a vida de adolescentes e até de alguns adultos menos informados. A internet e as mídias sociais lançaram o desafio da folha A4 e da mão no umbigo.
O desafio da folha A4 consiste em colocar a folha, na perpendicular, na frente do abdômen e ele, o abdômen tem que ficar inteiramente escondido atrás. Esse desafio foi lançado e simplesmente não se leva em conta o tamanho das pessoas. Claro que para uma pessoa alta e magra a medida da cintura será maior que para uma pessoa mais baixa e magra. Ou seja, isso não prova nada.
O mesmo se pode dizer do outro desafio, no qual a pessoa tem que passar o braço por trás das costas e alcançar o umbigo. E, mais uma vez isso depende de características que não estão relacionadas com o grau de magreza ou obesidade e sim com a flexibilidade e tamanho das pessoas. Como se tudo isso não bastasse para atrapalhar a vida e a saúde de pessoas menos informadas e de adolescentes, esta semana encontrei outra loucura, ou outro modismo.
A nova loucura é: quanto mais costelas à mostra melhor. Sim, isso mesmo, fotos e looks mostrando as costelas. E tem até nome, “Ribcage Bragging“. Para mim, parece que enquanto não houver um movimento muito bem estruturado, para que esse modismo da magreza a qualquer custo acabe, muitas pessoas viverão grande parte da vida infelizes.
Além de tornar as pessoas infelizes, esses modismos têm contribuído para aumentar o número de pessoas com distúrbios alimentares. É muito comum entre jovens e mais ainda entre as meninas, a rejeição de si mesmas. Uma das formas que as meninas usam para se sentirem melhor é imitar as mulheres de sucesso. Não haveria nenhum problema nisso, se o sucesso estivesse aliado à saúde. Mas, muito ao contrário disso, esses modismos afastam cada dia mais os bons hábitos e trazem comportamentos extremamente danosos.
A única forma que nós temos de combater essa interferência é ficarmos atentas e nos informarmos sempre. Antes de fazer o que “todo mundo” está fazendo, é importante buscar a opinião de pessoas que estudam e que podem visualizar melhor os acontecimentos.