Do luto à luta: as mulheres vão às ruas por sua vez e voz

Crônicas e Contos

Definitivamente, 2016 foi o ano das mulheres no Brasil.  Trazendo à tona pautas sobre direitos femininos, milhares de mulheres se mobilizaram nas ruas, fazendo com que a sociedade reflita e discuta questões importantes, tais como; direitos reprodutivos, assédio, equidade, violência, gênero, misoginia, entre outros, e assim ajudando a combater a polarização e o machismo ainda enraizado na cultura mundial, reproduzido até mesmo por líderes mundiais em diversos continentes.

E ao que parece, a “Primavera das Mulheres”, como foi nomeado este movimento de diversidade e força, ultrapassou fronteiras e chegou à terra do tio Sam. No último sábado, dia 21 de janeiro, foi realizada no condado de Palm Beach, Florida, a “Women’s March”, onde haviam bebês, idosos, cadeirantes, mulheres de todas as idades, nacionalidades, raças e etnias, em um clima de descontração e criatividade. Todos se reuniram em uma só voz fomentando debates saudáveis, e também contou com a presença de homens que apoiam e abraçam a causa junto às suas filhas e esposas.

Em uma época onde mulheres ainda são hostilizadas por amamentar seus filhos em público, onde ainda há desigualdade entre profissões, onde a cultura do estupro ainda é lamentavelmente latente, esta visibilidade e necessidade de discussão é urgente. Este tipo de manifestação traz esperança, alegria, e até um certo frescor no coração! Precisamos ser ouvidas. Queremos ser escutadas. E esta voz, está ecoando alto, agregando movimentos minoritários como, dos direitos dos imigrantes, LGBT, deficientes, negros e crianças, que se juntaram ao grupo em uma ação pacífica e respeitosa.

Quase 1 século depois que as mulheres conquistaram o direito ao voto nos EUA, elas ainda são minoria em cargos políticos, e por isso, há a importância da presença da mulher seguir em frente com estes movimentos, para que engravatados deixem de decidir sobre seus direitos e seus corpos. O que precisamos, é de representatividade! A Marcha das Mulheres que contou com cerca de 7 mil pessoas do Meyer Amphitheater em West Palm Beach, foi simplesmente épica! E eu, como mulher-feminista-mãe de menina, não pude deixar de estar presente para sentir toda aquela vibração, e claro, fazer registros que ficarão para a história!

O ano de 2017 promete! A palavra é OTIMISMO. Não há espaço para lamentações. O momento é de luta. A sororidade feminina pretende estar presente muito mais vezes em diversos ambientes como uma ciranda, ocupando espaços monopolizados por homens, e assim, buscando igualdade e exigindo o respeito, que nos é de direito. De igual para igual. Precisamos juntas quebrar o círculo vicioso que aprendemos desde criança de que mulheres são rivais. Jamais seremos. E é estabelecendo união, vínculo, compaixão, e espalhando amor por todas as esferas, sociais, econômicas ou políticas, que ganhamos voz e conquistaremos nosso tão almejado empoderamento. E pelo que pude perceber, em corpo presente, é um caminho sem volta.

”Companheira me ajude que eu não posso andar só. Eu sozinha ando bem, mas com você ando melhor”  *

* Hino da primavera das mulheres, no Brasil.

 

Mari Hart.Fotógrafa. Mãe. Doula. Feminista, louca por gatos, viciada em café, tatuada. Carioca na Florida. Photographer. Mom. Doula. Birth lover. Feminist. Crazy for cats. Coffeeholic. Tattoo addicted. Buddhism enthusiast. Brazil/US. marihartphoto@gmail.com

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