O Porta-Voz da Câmara de Deputados, o Republicano Paul Ryan, foi enfático no domingo, dia 1º de novembro, ao declarar que a Câmara de Deputados não colaborará com Obama no quesito imigração.
“Seria ridículo, já que Obama não é confiável na questão imigração”, disse Ryan, resumindo o sentimento Republicano, que tem resistido as medidas unilaterais tomadas por Obama na tentativa de evitar a deportação de milhões de imigrantes indocumentados por meio de uma ordem executiva.
A tentativa de fazer uma pseudo-reforma imigratória por meio de uma ordem executiva diminuiu ainda mais as possibilidades de uma reforma efetiva que desse status legal a grande massa de indocumentados que espera, em limbo, por uma manisfestação do governo.
Republicanos em geral se mostram cada vez menos abertos a uma possibilidade de reforma imigratória. A campanha eleitoral para a presidência no ano de 2017 tem, até agora, sido marcada pelos comentários inflamatórios do candidato Donald Trump, que ganhou vasto apoio ao reverberar e clamar pela construção de um muro na fronteira do Estados Unidos com o México, e ao pedir a deportação de todos os imigrantes indocumentos presentes nos Estados Unidos, independente de elo familiar com cidadãos americanos.
No momento, não existe nenhuma reforma imigratória ou lei que permita obtenção de residência legal salvo nos caminhos já disponíveis, como casamento com cidadão americano; benefício imigratório conferido de filhos maiores de 21 anos para pais; e outras possibilidades remotas para quem ainda está no país de maneira regular.
O projeto de reforma imigratória que foi engavetado pelos Republicanos em 2008 sugeria que, contanto que os indocumentados presentes nos Estados Unidos não tivessem problemas criminais, pagassem uma multa atrelada ao período de tempo no país e o comprovassem o pagamento de impostos retroativos, seria criada uma alternativa legal para legalização desses indivíduos, o que hoje parece uma possibilidade distante…