Abuso doméstico: as Marias da Penha do solo americano

Crônicas e Contos

Esta semana tive a oportunidade de assistir e até mesmo participar de comemorações relacionadas ao Dia da Mulher. As meninas foram as que mais trocaram mensagens de carinho, claro. Afinal mulher gosta de homenagear mulher. Alguns meninos até capricharam nos presentes: bombons de chocolate, flores, restaurante, essas coisas.

Mas muitas meninas preferiram mesmo foi protestar. Alguns protestos válidos e outros – na minha opinião – pra lá de  radicais e totalmente desnecessários em torno de uma homenagem tão especial.

Comparando os protestos e críticas de quando aqui cheguei em 89, com os atuais, concordo que não houve avanços significativos.  Mulher continua ganhando menos que homem. Mulher não ganhou eleição pra presidente. Mulher não pode celebrar missa porque isso é privilégio de padre. Ainda existem estados onde o homem pode viver com quantas mulheres quiser numa forma disfarçada de poligamia sem que isso dê o direito à mulher de ser a Dona Flôr – isso é privilégio ou “direito” só deles, … a lista é infindável.

Mas sinceramente, nada disso me incomoda a ponto de me tirar o sono.  O que realmente me tira do sério no quesito Mulher é saber que ainda existem muitas meninas sofrendo o pão que o diabo amassou, sem encontrar formas de sair de uma relação abusiva.  E saber que eles, os meninos, se acham no direito covarde de aterrorizar essas pessoas, muitas delas mães de seus próprios filhos.

Até aqui você se identificou ou lembrou de alguém que deve estar passando por essa situação? Pois é …

Recentemente assisti uma palestra no Rotary Club sobre abrigos para vítimas de Abuso Doméstico. Apesar de já ter ouvido relatos anteriores e ter uma ideia de como esses abrigos funcionam, ainda assim fiquei muito mexida. As histórias de como as pessoas chegam lá, muitas vezes apenas com a roupa do corpo porque conseguiram uma brecha pra fugir com seus filhos, o relato do medo delas, tudo isso é muito triste. Certas pessoas muitas vezes não sabem o que fazer para sair de uma situação dessas e evitar que seus filhos passem por abuso semelhante ou sofram traumas que possam abreviar sua infância com uma  realidade para a qual não estão preparados.

Muitos de nós não nos damos conta do volume de vítimas de abuso doméstico pois este problema não nos afeta diretamente ou parece distante de nossa realidade. No entanto a verdade é que esse problema não tem rosto, não é divulgado por razões óbvias e muitas vezes termina esquecido até vermos uma reportagem de alguma mulher que sofreu a última agressão antes de sucumbir nas mãos de seu agressor.

O que é Abuso Doméstico?

É um padrão de comportamento abusivo em qualquer relacionamento que é usado por um parceiro para ganhar ou manter poder e controle sobre outro parceiro íntimo. A violência doméstica pode estar em ações físicas, sexuais, emocionais, econômicas ou psicológicas ou ameaças de ações que influenciem outra pessoa. Isto inclui quaisquer comportamentos que intimidem, manipulem, humilhem, isolem, assustem, aterrorizem, coajam, ameacem, culpem, ou firam alguém.

  • Nos Estados Unidos, 1 em cada 4 mulheres e 1 em cada 7 homens com 18 anos ou mais, foram vítimas de violência física grave por parte de um parceiro íntimo em sua vida.
  • 1 em cada 3 adolescentes sofreu algum tipo de abuso por parte de um(a) namorado(a) ou parceiro.
  • A violência doméstica nos Estados Unidos custa US $ 8,3 bilhões em despesas anuais: uma combinação de custos médicos mais elevados (US $ 5,8 bilhões) e perda de produtividade (US $ 2,5 bilhões).

E o que vem a ser “Stalking”?

Stalking significa Perseguição Persistente.  É o comportamento repetido ou não desejado de um indivíduo que é assediante, intimidante ou ameaçador. Stalking é mais comum nas relações de parceiro íntimo. Muitas vezes poderá haver um aumento no comportamento de perseguição quando a parceira (ou parceiro, porque isso também acontece com os meninos), resolve se separar.

  • 6.6 milhão de pessoas são perseguidas anualmente nos Estados Unidos.
  • 3 em cada 4 vítimas de perseguição são perseguidas por alguém que elas conhecem.
  • 76% das mulheres que foram assassinadas por seus companheiros foram perseguidas no ano anterior à morte.
  • O abuso físico e a perseguição conjunta indicam uma ameaça de homicídio maior do que qualquer um dos outros comportamentos.

A palestra a que me referi anteriormente foi da Jennifer Rey da AVDA, que é uma associação de ajuda a vítimas de abuso doméstico. Eles possuem um abrigo maravilhoso aqui no sul da Flórida com capacidade no momento para 50 mulheres e 25 crianças. Os que me seguem devem lembrar que recentemente a Associação das Empreendedoras Brasileiras da Flórida, sob a liderança da Ana Roque, conseguiu arrecadar doações de bolsas com pequenos mimos para as mulheres com o projeto Bolsa de Mulher. Veja o artigo aqui.

Agora é a vez dos filhos dessas mulheres. O Rotary Club of Boca Raton West, a Fundação Little Smiles criaram um projeto liderado pela Claudia Fehribach para reformar a sala de estudo das crianças que ali permanecem a maior parte do dia; quando voltam da escola até as mães chegarem de seus trabalhos.

Quem puder doar qualquer quantia, basta acessar o GoFundMe, clicando nesse link:
https://funds.gofundme.com/aid-to-victims-of-domestic-abuse

E se não puder doar nada, pelo menos compartilhe esse link com seus amigos na sua rede social.

A AVDA atende qualquer pessoa independentemente de raça, cor, religião, sexo, idade, nacionalidade ou ascendência, gênero, condição de deficiência, status militar, status de veterano, estado civil, orientação sexual, identidade ou expressão de gênero, cidadania, status imigratório, língua falada, informação genética ou qualquer outra situação protegida por leis federais, estaduais ou locais. Eles tem tradutores que atendem o Hotline 24 horas: 1-800-355-8547

Vamos fazer a diferença na vida dessas mulheres?  

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